A acne vulgar é, provavelmente, a doença da pele mais comum, afetando 85 a 100% da população em qualquer momento da sua vida. (1)
Referências +

1. Goulden V, Stables GI, Cunliffe WJ. Prevalence of facial acne in adults.

2. J Pawin H, Beylot C, Chivot M, Faure M, Poli F, Revuz J, et al. Physiopathology of acne vulgaris: recent data, new understanding of the treatments. Eur J Dermatol 2004 Jan-Feb ; 14 (1): 4-12. Am Acad Dermatol 1999 Oct; 41 (4): 577-80.

3. Américo Figueiredo e col., Avaliação e tratamento do doente com acne – Parte I: Epidemiologia, etiopatogenia, clínica, classificação, impacto psicossocial, mitos e realidades, diagnóstico diferencial e estudos complementares.

A acne é uma doença do folículo pilossebáceo, que se desenvolve habitualmente na adolescência sob influência hormonal própria da idade. (2)

A acne afeta habitualmente o estado psicológico com a diminuição da auto-estima e da auto-confiança que podem conduzir ao afastamento social e mesmo a depressão. (3)

Caracteriza-se pelo aparecimento de lesões não inflamatórias, os vulgares pontos de cabeça branca ou negra, que resultam da obstrução dos folículos pilosos por gordura, células e bactérias. As lesões inflamatórias correspondem às pápulas, mais salientes, vermelhas e dolorosas, com presença de infeção no folículo piloso. Nos casos mais graves de acne, formam-se lesões de maior dimensão, como as pústulas, os nódulos ou quistos, que podem originar cicatrizes permanentes. (3)

As zonas do corpo mais afetadas são a face, pescoço, peito, costas e ombros, devido à maior concentração de folículos sebáceos. (3) As idades mais afetadas situam-se entre os 10 e os 24 anos. No entanto, 12% das mulheres e 3% dos homens continuam com manifestações da doença até aos 45 anos. (1)